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O cancro da mama é um tumor maligno com origem no tecido da glândula mamária. Estas células tumorais são células saudáveis que perdem a capacidade de morte celular programada e, como resultado, crescem descontroladamente formando o tumor 1,2.
As células tumorais do cancro da mama podem disseminar-se através do sangue ou dos vasos linfáticos e chegar a outras partes do corpo. Aí, podem aderir aos tecidos e crescer, formando metástases 1.
O cancro da mama pode ocorrer na mulher e no homem, mas mais de 99% dos casos ocorre na mulher 1.
Referências
O cancro da mama tem uma incidência muito elevada, sendo o segundo tumor mais diagnosticado no mundo, depois do cancro do pulmão 1,2.
Em Portugal, é o cancro mais frequente, sendo também a principal causa de morte por cancro nas mulheres. Estima-se que 1 em cada 8 mulheres venha a desenvolver cancro de mama. 3
Após a menopausa, as mulheres apresentam um risco mais elevado de desenvolver cancro da mama face a períodos anteriores 1,3. De facto, geralmente aparece entre os 35 e os 80 anos, embora a faixa etária entre os 45-65 anos seja a que apresenta maior incidência, sendo o momento em que se produzem as alterações hormonais relacionadas com a menopausa. Uma curva de incidência que continua a aumentar à medida que a mulher envelhece, sendo mais frequente na população com idade compreendida entre os 65 e os 69 anos 2.
Referências:
O cancro da mama é um problema de saúde pública e o exame clínico e a mamografia são meios para um diagnóstico precoce. A realização da mamografia pode ser realizada em mulheres em idade rastreável (45-69 anos) inscritas nos Centros de Saúde, de forma gratuita. 1
Com o Rastreio do Cancro da Mama pretende-se não só um diagnóstico precoce, descobrindo tumores muito pequenos, muitas vezes não palpáveis e só vistos em mamografia ou ecografia ou em fase evolutiva não invasiva permitindo, assim, tratamentos menos mutilantes (cirurgia conservadora) e menos traumatizantes e uma sobrevida livre de doença e global mais longa. 1
Referência:
Quando existe uma suspeita de cancro da mama através do exame objetivo (realizado tanto pelo doente como por um médico) ou uma mamografia de rotina, é iniciado um estudo para confirmar ou descartar essa suspeita.
Os exames de imagiologia orientam o diagnóstico, mas este requer sempre uma confirmação através de biopsia.
Os principais exames de imagiologia são os seguintes:
Com suspeita de um possível caso de cancro da mama, é realizada uma biopsia. Trata-se da extração de amostras de tecido da zona suspeita para análise e determinação das características do tecido, do tipo de células tumorais (caso existam), o grau de agressividade e outros parâmetros de interesse para a seleção do tratamento.
Após esta biopsia, existem outros exames complementares para avaliar se existem ou não células tumorais noutras partes do corpo (designadas por metástases), além de análises moleculares posteriores, muito importantes para analisar as possíveis alterações e identificar biomarcadores para utilização de terapêuticas dirigidas.
Referências:
Segundo a respetiva morfologia e disseminação 1,2, o cancro da mama pode classificar-se como:
Referências:
Dois dos principais biomarcadores utilizados são os seguintes:
Recetores hormonais (RH): tumores classificados como RH+ apresentam recetores de hormonas de estrogénios e/ou progesterona, que favorecem o crescimento tumoral, e geralmente desenvolvem-se de forma mais lenta que os tumores RH-.
Recetor do fator de crescimento epidérmico humano 2 (HER2, na sigla em inglês): As proteínas HER2 são recetores nas células mamárias. Normalmente, os recetores HER2 ajudam a controlar a forma como uma célula mamária saudável cresce, se divide e se auto-repara. Em cerca de 1 em cada 5 casos de cancro da mama, o gene HER2 não funciona corretamente e produz muitas cópias de si próprio, indicando às células mamárias que produzam demasiados recetores HER2. Isto faz com que as células mamárias cresçam e se dividam de forma incontrolável. Nestes casos, falamos de cancros HER2+, ou seja, tumores com sobre-expressão da proteína HER2.
Referências:
Subtipo molecular | Recetores Hormonais (RH) / HER2 | Descrição |
Luminal A ~50% | Tumores RH+ (RE+ e RP ≥20%), HER2- e KI67 ≤20% | · Elevada taxa de resposta a terapêutica hormonal; · Menor incidência de recidivas e maior índice de sobrevivência; · Melhor prognóstico. |
Luminal B ~15% | Tumores RH+ (RE+ e RP+/- %), HER2+ ou HER2- e KI67 > 20% | · Quimioterapia, terapêutica hormonal e terapêuticas dirigidas. · Tumores de alto grau e pior prognóstico, quando comparados com os Luminal A |
HER2 positivo ~20% | Tumores RH- (RE- e RP-) e HER2+ | · Elevada taxa de resposta a terapêutica dirigida. · Incidência a aumentar. · Crescimento mais rápido que o subtipo luminal, mas o prognóstico melhorou com a introdução de terapêuticas dirigidas ao HER2. |
Triplo Negativo ~15% | Tumores RH- (RE- e RP-) e HER2- | · Elevada taxa de resposta à quimioterapia no curto prazo. · Tipo de cancro da mama com pior prognóstico: tumor agressivo com elevadas taxas de recidiva. |
Referência:
No momento em que se diagnostica um cancro, é definido o estadio evolutivo em que se encontra. Este processo tem como objetivo identificar o tamanho e a disseminação do cancro: quanto cresceu, que órgãos podem estar afetados… É essencial para conhecer o prognóstico e decidir a forma mais adequada de o abordar 1,2.
Neste tipo de cancro, existem quatro estadios, classificados segundo a progressão da doença 1,2.
Estadio | Tamanho do tumor | Magnitude da invasão |
0 | — | Gânglios linfáticos ou locais distantes não afetados |
IA | Pequeno | Não se disseminou para os gânglios linfáticos |
Tumor nos gânglios linfáticos >0,2 mm a <2 mm | Envolvimento dos gânglios linfáticos | |
Tumor primário >2 cm | Sem envolvimento dos gânglios linfáticos | |
IIA | Ausência de tumor primário | Envolvimento de 1 a 3 gânglios linfáticos axilares. Não se disseminou para partes distantes do corpo |
Tumor primário <2 cm | Células cancerígenas presentes nos gânglios linfáticos axilares | |
Tumor primário >2 cm e <5 cm | Sem envolvimento dos gânglios linfáticos | |
IIB | Tumor primário >2 cm e <5 cm | Envolvimento de 1 a 3 gânglios linfáticos axilares |
Tumor primário ≥5 cm | Sem envolvimento dos gânglios linfáticos | |
IIIA | Qualquer tamanho | Envolvimento dos gânglios linfáticos (entre 4 e 9 gânglios axilares ou mamários internos). Não se disseminou para outras partes do corpo |
>5 cm | Envolvimento de 1 a 3 gânglios linfáticos axilares | |
IIIB | O tumor desenvolveu-se na parede torácica ou causou edema ou úlceras na mama ou foi diagnosticado como cancro da mama inflamatório | Com ou sem envolvimento dos gânglios linfáticos. Não se disseminou para outras partes do corpo |
IIIC | Tumor de qualquer tamanho | Envolvimento dos gânglios linfáticos (>10 gânglios axilares, mamários ou outros gânglios distais). Não se disseminou para outras partes do corpo |
IV | Qualquer tamanho | Metástases do cancro em diferentes órgãos ou gânglios linfáticos |
Referências:
O cancro da mama é tratado normalmente com diferentes combinações de cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonoterapia ou terapêutica dirigida, que varia consoante a idade, o estado pré ou pós menopáusico, o estadio e os subtipos de doença.
A cirurgia e a radioterapia são considerados tratamentos locais, ou sejam, removem ou “destroem” as células do cancro na mama. Se o cancro da mama tiver metastizado para outras partes do corpo, a terapêutica local pode ser usada apenas para controlar a doença, nessa área específica, mas em mais nenhum local. 1
Já a quimioterapia, a hormonoterapia e as terapêuticas dirigidas são tratamentos sistémicos, uma vez que exercem a sua função através da corrente sanguínea, combatendo as células cancerígenas em todo o corpo. Algumas pessoas com cancro da mama podem, ainda, receber terapêutica sistémica para diminuir o tamanho do tumor, antes da cirurgia ou da radioterapia, para que a intervenção seja menos extensa – tratamento neo-adjuvante. Outras, recebem terapêutica sistémica após a cirurgia e/ou radioterapia, para prevenir que alguma célula cancerígena tenha permanecido e seja responsável pelo retorno do cancro. Os tratamentos sistémicos também são usados no cancro metastizado.
Particularizando, as terapêuticas dirigidas, podem ser utilizadas para tipos específicos de cancro da mama. Em concreto, o cancro tipo RH+ é tratado normalmente com hormonoterapia, ao passo que o tipo HER2+ pode beneficiar de tratamentos dirigidos especificamente à proteína de superfície HER2.1
Referências:
Biomarcador: Indicador biológico que serve para detetar a exposição a um processo fisiológico, e que se utiliza para diagnosticar uma doença. Podem ser de diagnóstico ou prognóstico 1,2
Recetor hormonal: Os recetores são proteínas que se encontram na superfície celular ou no seu interior, que se podem ligar a certas substâncias no sangue, neste caso, hormonas. As células mamárias normais e algumas células cancerígenas da mama têm recetores que se ligam às hormonas estrogénio e progesterona, e necessitam destas hormonas para que as células cresçam. Em função do tipo de cancro, as células de cancro da mama podem apresentar um, ambos ou nenhum destes recetores. 3,4
Referências:
O cancro mais frequente nas mulheres em todo o mundo.
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